Texto original extraído do Blog do Santinha, postado pelo Jornalísta (secretário de comunicação de Olinda) Inácio França.
O Sinteepe defende a liberdade de imprensa e da livre comunicação entre as pessoas, por isso apoiamos esse protesto!
Esse assunto não tem nada a ver com o Santa Cruz e o ato público nem será no Recife. Mesmo assim, vamos “engrossar o caldo” e nos juntarmos à briga para garantir liberdade para todos na Internet, e não só o espaço da Globo, da Abril, do IG e dos seus grandes portais, que apenas reproduzem, com outro suporte tecnológico, o modelo vertical e centralizador da comunicação. Ou seja, o assunto interessa a todos nós que fazemos dos blogs e de redes como o Orkut instrumentos de formação de conhecimento e tráfego livre de opiniões e de informações que não precisam passar pelas máquinas de fazer notícia dos Marinho, dos Civita, dos Associados ou de Paes Mendonça.
Quanto mais gente souber o que está acontecendo e o que está sendo discutido, melhor.
O pretexto do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) é o de sempre: para combater os crimes virtuais, ele e seus amiguinhos querem limitar a liberdade dos internautas. Motivos esses senhores tem de sobra, mas o interesse por trás de tudo não é coibir crimes: é impedir que as redes sociais mobilizem multidões e blogs derrubem as máscaras da mídia corporativa (essa mesma que infesta nossos lares todos os dias), como fazem tantos blogueiros e comunidades virtuais ciberespaço afora.
Um projeto de lei do governo conservador de Sarkozy tentou bloquear as redes P2P na França e tornar suspeitos de prática criminosa todos os seus usuários. O projeto foi derrotado.
No Brasil, um projeto substitutivo sobre crimes na Internet aprovado e defendido pelo Senador Azeredo está para ser votado na Câmara de Deputados. Seu objetivo é criminalizar práticas cotidianas na Internet, tornar suspeitas as redes P2P, impedir a existência de redes abertas, reforçar o DRM que impedirá o livre uso de aparelhos digitais. Entre outros absurdos, o projeto quer transformar os provedores de acesso em uma espécie de polícia privada. O projeto coloca em risco a privacidade dos internautas e, se aprovado, elevará o já elevado custo de comunicação no Brasil.
Para vocês entenderem melhor... que é P2P e DRM?
P2P (Peer to Peer) - Ponto a ponto (ou algo similar) É o conceito do Napster, Kazaa Lite, Edonkey, etc., onde usuários cadastrados e conectados em um servidor trocam arquivos entre si, com uploads ou downloads direto de/para o HD.
A gestão de direitos digitais ou GDD (em inglês Digital Rights Management ou DRM) consiste em restringir a difusão por cópia de conteúdos digitais ao mesmo tempo em que se assegura e administra os direitos autorais e suas marcas registradas, pelo ângulo do proprietário dos direitos autorais. Segundo a Free Software Foundation, pelo ângulo dos consumidores, o termo gestão de restrições digitais ou GRD seria mais indicado[1]. De qualquer forma, o objetivo da GDD é poder parametrizar e controlar um determinado conteúdo de maneira mais restrita. Atualmente é possível personalizar o varejo da difusão de um determinado arquivo comercializado, como por exemplo o número de vezes em que esse arquivo pode ser aberto ou a duração da validade desse arquivo.
P.S - Para conhecer mais Sérgio Amadeu, dê uma olhada em seu blog:
http://samadeu.blogspot.com/2009/05/ato-contra-o-ai-5-digital.html